Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes (achar que essas mazelas me definem; é o pior dos crimes; é dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir)

Lívia Sgarbosa, Carolina Rodrigues de Souza

Resumo


Este artigo explora os fluxos de uma mulher e seus processos formativos, que afastada das renomadas universidades concluiu sua graduação por meio da Educação à Distância. Objetivamos traçar os percursos desse corpo que marginalizado das instituições renomadas de ensino superior, enfrentou obstáculos como distâncias geográficas, responsabilidades familiares, restrições financeiras ou jornadas extensas de trabalho, mas para além disso, constrói agenciamentos possíveis no formar-se professora. Esse corpo exemplifica rupturas no sistema, ainda que em contextos específicos. Utilizamos análises na perspectiva da Filosofia da Diferença, para interpretar as narrativas. Refletimos que a vida dessa mulher se afirmou e foi potencializada por suas próprias experiências e sua formação como pedagoga.

Palavras-chave


Mulheres; Educação à distância; Narrativa.

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DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2024n52p24-39

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