O ÊXTASE DO CORPO EM "MISS ALGRAVE" DE CLARICE LISPECTOR

Ademilson Filocreão Veiga, Gilcilene Dias da Costa

Resumo


O presente artigo, a partir do conto de Clarice Lispector intitulado “Miss Algrave”, intenta a discussão do corpo como território carregado de “textos culturais”, segundo estudos de Preciado (2014). Essa dimensão, ao mesmo tempo em que é múltipla e potencializadora, também fabrica políticas manipulatórias a respeito do ser e do viver. Butler (2003) expõe e questiona os atributos expressivos e esperados para “macho” e fêmea” e Deleuze e Guattari (2010) propõem a existência de n sexos, concomitantemente existindo numa mesma pessoa. O conto Miss Algrave é o cerne da discussão, na qual a personagem título está tensionada entre viver o que lhe é esperado e sucumbir às expectativas sociais ou transgredi-las para (re) descobrir seus desejos.


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Referências


BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O anti-édipo: capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Ed. 34, 2010.

LISPECTOR, C. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

LOURO, G. O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

PRECIADO, B. Manifesto Contrassexual. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro São Paulo: N-1 edições, 2014.




DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2021n44p218-224

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Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
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