ESQUIZOAPRENDIZAGEM COMO POLÍTICA COGNITVA

Rubens Antonio Gurgel Vieira

Resumo


Este artigo buscou na filosofia da diferença de Deleuze e Guattari algumas pistas sobre o processo de aprendizagem. O conceito de aprendizagem que circula desde a instauração de uma discursividade da sociedade aprendente no século XX possui rastros por toda a modernidade. Como resultado, temos uma ideia preconcebida de sujeito a ser formado a partir de uma série de procedimentos de ensino, dispositivos de criação dos alunos, todos muito bem enquadrados em rígidos modos de existência. Não obstante, conforme aprendemos com Foucault, não há poder sem resistência. A busca por uma resistência ocorre diante da impossibilidade de compreendermos a aprendizagem como um processo estruturado e transcendente, o que coloca em xeque as concepções clássicas herdeiras do pensamento moderno. Ao abraçar a imanência do processo de ensino, realizou-se uma incursão filosófica que produziu alguns indícios para afirmar a aprendizagem como transformação subjetiva profundamente relacionada com a produção desejante.

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DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2020n41p299-306

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