Jardins insurgentes: rizoma ambiental entre arte, vida e educação em terrenos baldios

Tamiris Vaz, Ezequias Cardozo da Cunha Júnior

Resumo


Terrenos baldios insurgem como jardins errantes, espaços de resistência onde arte, vida e educação traçam rizomas que escapam às lógicas do controle. Nas fissuras do concreto, exploramos como esse território abriga devires multiespécies e aprendizagens menores, compondo cartografias afetivas. Inspiradas por Deleuze, Guattari, Haraway, Clément e Tsing, neste artigo experimentamos uma pesquisa-deriva: percorremos a cidade, forrageamos jardins, cultivamos fotografias e colagens botânicas, promovemos intervenções. No caos dessas práticas, os limites entre humano e não humano se dissolvem, precipitando educações menores que friccionam aquilo que é produzido entre o ambiental e o social e o natural e o cultural e…


Palavras-chave


Jardins insurgentes; Refúgios; Criação

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DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2025n56p155-172

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