Mestre (a) sem discípulos: professor (a) enquanto provocador (a)

Vinicius Defillo Pintor

Resumo


Gilles Deleuze alerta para a existência de uma imagem dogmática do pensamento, imagem que usualmente vigora nos espaços educacionais. Nesses ambientes, educadores são reduzidos àqueles que meramente apresentam problemas e aguardam dos educandos resoluções previamente estabelecidas. Entretanto, Deleuze também aponta para um pensamento sem imagem, uma forma de pensar imanente que constantemente recomeça em exercício criativo. Nessa concepção, pensar só ocorre involuntariamente iniciando-se com uma violência que leva a sensibilidade à sua enésima potência. Aquele que educa dentro dessa visão converte-se em um provocador, fornecendo signos que sejam capazes de violentar. O estudante deixa de ser discípulo, tornando-se capaz de formular seus próprios problemas e pensar criativamente.

Palavras-chave


Educação; Professor; Provocação

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DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2025n56p5-18

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