Pesar... pensar... diferenciar – a ginga na capoeira como acontecimento

Resumo

Esse presente ensaio parte de uma inquietação que remete seus autores para dentro da roda de capoeira, de onde indagam: o que significa pensar corpo e movimento a partir do primado da conectividade? Deste lugar, só localizável em movimento, a experiência da ginga surge como efeito das tensões gravitarias, onde a sensação do “pesar” produz o “pensar”. Para sustentar essa ideia, instala-se um modelo relacional de compreensão do corpo e do movimento, que busca inspiração na filosofia e nos estudos da dança. Observou-se que ao perceber a ginga dentro deste modelo relacional, se instala o primado da conectividade, por meio do qual acessa-se uma capoeira ainda não plenamente objetificada, que escapa às sínteses históricas na medida em que é pensada, na diferença, sob o signo do pe(n)sar.