Profe-húmus: compostagens para pensar-com biologias, criações, arte e vida

Marcos Allan da Silva Linhares, Keyme Gomes Lourenço, Lúcia de Fátima Dinelli Estevinho

Resumo


Esse ensaio propõe um mergulho em composteiras e docências com uma perspectiva multiespécie. A compostagem aqui é entendida como potência para transformação de espaços educativos que surgem entre as relações com todos os seres. A partir das ideias de Ailton Krenak, Donna Haraway, Anna Tsing e outros a compostagem é experimentada em construções coletivas de saberes, que questionam as categorias tradicionais que põem o humano como protagonista. Propomos “composteiras docentes”, buscando criar ambientes de aprendizagem onde as relações entre os seres sejam exploradas para potencializar educações que valorizem a multiplicidade de formas de vida e a colaboração multiespécie, pensando em como o processo de compostagem pode fertilizar novas práticas pedagógicas e formas de viver e ensinar.

Palavras-chave


Compostagem; Experimentação; Multiespécie

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DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2025n56p303-318

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