O jogo/brincadeira como zona de possibilidades criativas

Rogério de Melo Grillo

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar o jogo/brincadeira como uma “zona de possibilidades criativas”. Para tanto, assumo-o em movimento (inesperado), como um acontecimento, tendo como norte a tese: o jogo/brincadeira é uma produção cultural, que permite várias possibilidades de criação, por ser, particularmente, um acontecimento. Com vistas a deslindar a minha proposta, recorri aos dados de um estudo já concretizado, de abordagem qualitativa, que tomou como método a “pesquisa sobre a própria prática”. Como método de análise dos dados, realizei uma “análise de conteúdo’. A partir disso, elaborei recortes de categorias de análise, com o escopo de demonstrar que o jogo/brincadeira é uma zona de possibilidades criativas.

Palavras-chave


Jogo/brincadeira; Zona de Possibilidades Criativas; Acontecimento.

Texto completo:

PDF

Referências


AVEDON, Elliot; SUTTON-SMITH, Brian. The study of games. New York: John Wiley & Sons., 1971.

BREDIKYTE, Milda. The zones of proximal development in children’s play. Oulu, Finland: University of Oulu, 2011.

BUDWIG, Nancy; STRAGE, Amy; BAMBERG, Michael. “Mommy, let me play with my friend!”: mechanics and products of peer play. In: MANNING, F. (ed.). The world of play. New York: Leisure Press, 1983, p. 144-159.

DANSKY, Jeffrey L. Play and creativity in young children. In: Blanchard, K. (ed.) The many faces of play. West Point, NY: Leisure Press, 1985, p. 69-79.

DENZIN, Norman K. Playing around with words: humor and post-modern fiction. In: LOY, J. W. (ed.). The paradoxes of play: proceedings of the 6th annual meeting of the association for the antropological study of play. West Point, N.Y.: Leisure Press, 1982, p. 13-24.

EL’KONIN, Daniil B. Symbolics and its functions in the play of children. In: HERRON,

R. E.; SUTTON-SMITH, B. (org.). Child’s play. New York: Ed. John Wiley & Sons, 1971, p. 221-31.

ELKONIN, Daniil B. Psicologia do jogo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

EL’KONIN, Danill B. Toward the problem of mental development of children. Soviet Psychology, v. 10, n. 3, 1972, p. 225-251.

EUVÉ, François. Pensar a criação como jogo. São Paulo: Paulinas, 2006.

FREIRE, João B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989.

FREIRE, João B. O Jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados, 2005.

GOFFMAN, Erving. Fun in games. In: Goffman, E. Encounters: two studies in the sociology of interaction. Indianapolis: Bobbs-Merrill, 2013, p. 15-81.

GRILLO, Rogério M. Mediação semiótica e jogo na perspectiva histórico-cultural em Educação Física escolar. 2018. 356f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2018.

GRILLO, Rogério M. Jogo e educação sob o aporte epistemológico da Teoria Histórico-Cultural. Revista Contemporânea de Educação, v. 18, n. 43, p. 318-337, 2023.

HAKKARAINEN, Pentti; BRĖDIKYTĖ, Milda. The zone of proximal development in play and learning. Cultural-Historical Psychology, v. 4, n. 4, p. 2-11, 2008.

HENRIOT, Jacques. Le Jeu. Paris: PUF, 1969.

KARPOV, Y. Development through the lifespan: a neo-vygotskyian approach. In: KOZULIN, A.; GINDIS, B.; AGEYEV, V.; MILLER, S. (Orgs.). Vygotsky’s Educational Theory in Cultural Context. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, p. 138-155.

MAURIRAS-BOUSQUET, Martine. Théorie et pratiques ludiques. Paris: Economica, 1984. (Collection La Vie Psychologique).

MAURIRAS-BOUSQUET, Martine. Un oasis de dicha. El Correo Unesco, p.13-17, mayo 1991.

NEGRINE, Airton. Concepção de jogo em Vygotsky: uma perspectiva psicopedagógica. Revista Movimento, n. 2, p. 6-23, 1995.

OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo Scipione, 2009.

QUEIROZ, Norma L. N.; MACIEL, Diva A.; BRANCO, Angela. Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural construtivista. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 16, n. 34, p. 169-179, 2006.

REGO, Teresa C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.

SANDSETER, Ellen B. H. Affordances for risky play in preschool: the importance of features in the play environment. Early Childhood Education Journal, v. 36, p. 439-44, 2009.

SCHWARTZMAN, Helen B. Transformations: anthropology of children’s play. New York: Plenum, 1978.

SMITH, Peter K.; LEWIS, Kathryn. Rough-and-tumble play, fighting, and chasing in nursery school children. Ethology and Sociobiology, v. 6, p. 175-181, 1985.

SUTTON-SMITH, Brian. The games of New Zealand children. Berkeley, CA: University of California Press, 1959.

SUTTON-SMITH, Brian. Toward an anthropology of play. In: STEVENS, Phillips, Jr. (Ed.). Studies in the anthropology of play: papers in memory of B. Allan Tindall: proceedings from the Second Annual Meeting of the Association for the Anthropological Study of Play. West Point, N.Y.: Leisure Press, 1977, p. 222-232.

SUTTON-SMITH, Brian. Play as adaptive potentiation. Sportswissenschaft, v. 5, p. 103-118, 1975.

SUTTON-SMITH, Brian; GERSTMYER, John; MECKLEY, Alice. Playfighting as folkplay amongst preschool children. Western Folklore, v. 47, n. 3, p. 161-76, 1988.

SUTTON-SMITH, Brian. The radical child in children’s folklore. In: ABRAHAMS, R. Fields of folklore: essays in honor of Kenneth S. Goldstein. Bloomington, IN: Trickster Press, 1995, p. 273-278.

TURNER, Victor. Body, brain, and culture. Zygon, v.18, n. 3, p. 221-45, 1983.

VIGOTSKI, Lev S. Imaginação e criação na infância. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

VIGOTSKI, Lev. S. A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. In: VIGOTSKI, L. S. Psicologia, educação e desenvolvimento: escritos de L. S. Vigotski. São Paulo: Expressão Popular, 2021, p. 209-239.




DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026a2024n54p5-24

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026

Licença Creative Commons