IMAGEM-AFECÇÃO COMO MÁQUINA DO SENSÍVEL: A POTÊNCIA DOS SIGNOS SONOROS NO CINEMA E NAS ESCOLAS

Larissa Ferreira Rodrigues Gomes

Resumo


A presente imagem-texto problematiza a potência dos signos sonoros como disparadores de imagens-afecção no cinema e nas escolas. Indaga as relações entre a imagem visual e seus componentes, tomando os sons como vibrações que saem do centro da imagem visual e fazem ver, nela, algo que não aparece livremente: o corpo sensível. Toma como intercessores teóricos os escritos de Deleuze (2007) em “Cinema: a imagem-tempo” e as imagens cinematográficas do filme “O fim do recreio” para pensar os componentes sonoros como uma força de ruptura do arco sensório-motor pela emergência de imagens-afecção como uma maquinaria do sensível. Os signos sonoros do cinema e das escolas portam, em seus ruídos, fonações, falas e músicas, o poder de vidência e de afecção, ao se transformarem em personagens da imagem que agem como um corpo estranho capaz de dar a ver e sentir o jorro do tempo em sua diferenciação.


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Referências


BERGSON, Henry. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 2005.

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ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2011.

SAUVAGNARGUES, Anne. A imagem, do arco sensório-motor à clarividência. In: FURTADO, Beatriz. (Org.). Imagem contemporânea: cinema, TV, documentário, fotografia, videoarte, games... São Paulo: Editora Hedra, 2009. p. 51-71.


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Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026

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