SOBRE A MÁQUINA DEVIR-MULHER NO CINEMA: SEXUALIDADE EMBARALHADA

Maria dos Remédio de Brito

Resumo


O presente texto faz uma leitura do filme “Elvis e Madona”, dirigido por Marcelo Laffitte. O objetivo é perspectivar, por meio da arte do cinema, a sexualidade por vias do conceito de devir-mulher, que atravessa o campo plástico do corpo dos personagens centrais, Elvis e Madona. Toma-se o conceito da filosofia da diferença de Deleuze e Guattari. Entende-se que o filme produz uma espécie de embaralhamento e promove um curto-circuito sobre o tema da sexualidade, o que leva a afirmar que o Cinema cada vez mais é um vetor de produção de ideias, de criação de forças nas formas, nas narrativas, nas cores e nos sons. Nada a significar, ele é um detector de signos, que pode por meio das imagens e dos sons torná-los sensíveis. O convite é para a experimentação da arte cinematográfica como modo de abertura a outras escrituras corporais inventivas na produção de mundos possíveis.

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Referências


DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O anti-édipo: Capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 2010.

______. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia. v. 4. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira. São Paulo: Editora 34, 1995.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1976.

GUATTARI, F. Revolução molecular: Pulsões políticas do desejo. Seleção, prefácio e tradução de Suely Rolnik. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Filme

Elvis & Madona é um filme Brasileiro de 2010, dirigido por Marcelo Laffitte. Lançamento oficial 23 de setembro de 2011. Gênero: Comédia. Distribuidora: Pipa Filmes, Estúdio: Laffilmes, Classificação: 14 anos, Duração: 105 min.


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Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026

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